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ARAPUTANGA – Água do Lago Azul recua, areia fica visível em dois locais

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FONTE

Caminhões pipa estão retirando água do Lago, para molhar vias públicas, onde a poeira é intensa, devido à longa estiagem.

por – Sebastião Amorim - O sol ardente dos últimos cento e vinte dias (maio a setembro de 2019) castiga boa parte do Brasil. Em nossa região, por volta de dez horas da manhã os termômetros já assinalam trinta e quatro graus, chegando mesmo a aproximar da casa dos quarenta graus.  A população reclama do  calor à sombra e, a baixa umidade completa a sensação calcinante enquanto o sol brilha.

O resultado do tempo seco em tão longa estiagem aparece inclusive no Lago Azul, onde o recuo do nível das águas começa a ficar visível expondo, pela primeira vez desde que foi criado, bancos de areia em pelo menos dois trechos distintos do lençol d’água.

Com a estiagem e, praticamente sem renovação da água no Lago, peixes e outras espécies de vida que habitam o espaço lacustre, podem estar tendo dificuldades para sobreviver, pois a água parada de aparência escura, pode conter pouco oxigênio, entre outros motivos, por falta de movimentação.

PIRARUCU MORTO

Há cerca de dez dias, um grande pirarucu morreu no Lago.  Esse tipo de peixe não depende exatamente do oxigênio da água, pois, vem à tona para respirar de tempos em tempos.  Qual teria sido a causa mortis? Fome? Doença? Não se sabe.  A reportagem não conseguiu identificar o motivo que levou grande pirarucu à morte. No local, uma pessoa que pediu para não ser identificada, disse que o peixe pesou cerca de cem quilos. A mesma fonte informou que o animal foi retirado do Lago e, levado para o lixão.

Se a chuva vier logo e, ao precipitar, vier em abundância, pode haver outros peixes mortos. Lógico que nessa afirmação, fica considerado a existência de outras espécies de peixes no Lago, além dos pirarucus; tal afirmação que prevê a possibilidade da morte de outros peixes ampara-se na possibilidade  da enxurrada diminuir ainda mais o nível de oxigênio nas águas do Lago; a reportagem torce para que a hipótese estes errada.

JÁ HOUVE CARDUME

No passado, quando os peixes eram abundantes nas águas do Lago Azul, o lançamento de ração combinado com o alvoroço do cardume disputando o alimento, fazia a água movimentar-se contribuindo para oxigenando da mesma; contudo há muito tempo a reportagem não presencia o lançamento de ração no local. Populares revelaram que algumas pessoas ainda levam pão  para lançar aos peixes.

ATRAÇÃO

A beleza do local sempre atraiu visitantes. O redator da Folha encontrou, por volta de 13h30min de hoje (11/09), dois jovens sobre a ponte a leste do Lago. Os visitantes disseram ser do estado do Paraná; eles tentavam rever um grande peixe que teria sido avistado momentos antes.

CAMINHÕES PIPA

O Município de Araputanga, responsável pelo Lago vem se utilizando de caminhões pipa, para retirada diária de água para molhar vias públicas não pavimentadas. A iniciativa tem sido importante para diminuir a poeira, que  adentra às residências, causando doenças típicas do período, como a gripe, entre outras.

Embora não haja estudo que confirme a hipótese, é possível que haja relação entre o constante bombeamento de água, para caminhões-pipa molhar vias públicas e, a diminuição do nível das águas do Lago Azul.   A entrada de água vinda de nascentes e que chegam ao Lago está em nível praticamente nulo.

A gestão pública e a população  aguardam a abertura das ‘comportas celestes’ para que das nuvens, possa cair a necessária chuva que na terra, retome a esperança de continuidade e fertilidade da vida em seus vários níveis.